Pesquisadora do PONTE vence Prêmio Compolítica de Tese
A tese “A imprensa como agente interessado na reforma política: um estudo sobre a cobertura noticiosa e editorial de Folha de S.Paulo, O Estado de S. Paulo e O Globo (1989-2017)”, de Camila Mont’Alverne, foi vencedora do Prêmio Compolítica. O anúncio foi feito pela Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação e Política na noite desta segunda-feira, dia 17.
Pesquisadora do PONTE, Camila foi orientada pelo coordenador do Grupo de Pesquisa, o professor Jamil Marques, no Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da UFPR. Você pode saber mais sobre a tese aqui.
Ela diz que a premiação é uma validação das ideias que tem sobre a pesquisa em um dos mais importantes fóruns da área de estudo. Camila, atualmente pesquisadora de pós-doutorado no Reuters Institute for the Study of Journalism (Universidade de Oxford), elenca dois pontos que considera importantes sobre a forma como trabalha e pensa a atividade: “A primeira é que pesquisa (e qualquer outra atividade profissional) requer prática, disciplina e persistência. O gênio solitário que produz a obra prima em duas noites sempre me pareceu uma ilusão inverossímil e, em certa medida, elitista. A segunda é que pesquisa é uma atividade coletiva, mesmo que o processo de escrita da tese seja necessariamente solitário”.
Por isso, ela faz questão de fazer muitos agradecimentos, a começar pelos amigos e amigas do PONTE e, em especial, ao professor Jamil. “Jamil apostou em mim antes de eu mesma fazer isso, me indicou um caminho de profissionalismo fora do comum e, mais importante, tem um comprometimento profundo com os orientandos sem que isso se transforme em submissão. Se esse prêmio foi possível, boa parcela se deve a ele”, detalha.
Seguindo a ideia de pesquisa como trabalho coletivo, ela agradece aos colegas de grupo Jackeline Teixeira e Deivison Santos, que colaboraram para a codificação da tese. E mais: “Minhas amigas e parceiras pra toda hora Isabele Mitozo, Edna Miola e Giulia Fontes também têm sua imensa contribuição pra eu chegar até aqui – muitas vezes, em momentos que talvez elas nem saibam. Por fim, sou sortuda o suficiente para ter uma rede de amigos e família que é quase uma torcida organizada (do Fortaleza, então a festa é sempre bonita). Agora sigo para as próximas aventuras, com a sensação de um ciclo muito bem fechado!”.