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Sete dicas para publicar em revistas internacionais

Você quer publicar em revistas acadêmicas internacionais, mas sempre bate aquele receio? O professor Jamil Marques, coordenador do PONTE, apresenta sete dicas para quem topa esse desafio!

Os conselhos a seguir são especialmente úteis para quem está planejando seus primeiros passos na busca por seu espaço em periódicos de maior prestígio.

Dica 1: Leia muitos artigos daquelas revistas que te interessam!

Conhecer de perto o que cada periódico publica ajuda a entender como autores e autoras que obtiveram sucesso estruturam seus argumentos. Que pontos são recorrentes nas introduções? Como autores e autoras constroem o percurso para a apresentação de perguntas ou hipóteses de pesquisa? Quais as características da revisão de literatura? Citações longas ou citações curtas são mais frequentes?

Dica 2: Escolha a revista certa para a sua pesquisa

Claro que observar o fator de impacto da revista e suas respectivas classificações em rankings como SJR e JCR é fundamental. Mas também é preciso identificar que tipo de abordagem teórico-metodológica os editores e pareceristas costumam aceitar. Às vezes, uma submissão rejeitada de imediato aqui, acaba sendo aceita com correções pontuais em outra revista de boa reputação.

Dica 3:  Identifique em quais espaços seus temas de interesse são valorizados

Muitos periódicos baseados na Europa ou nos Estados Unidos têm anunciado seu interesse – pelo menos em teoria – em abrir mais espaço a investigações com origem no Sul Global. Ao escolher onde seu texto será avaliado, considere elementos como a composição do corpo editorial de cada periódico. Muitas vezes, a pluralidade institucional e geográfica do conselho científico indica maior abertura ao diálogo com comunidades acadêmicas diversas.

Dica 4: Revise e reescreva. Quando terminar, revise e reescreva de novo.

Publicações em revistas “top-ranked” costumam exigir alta qualidade. Leia o material diversas vezes, peça opiniões a colegas, esteja aberto a críticas e reelabore cada frase que soar dúbia ou vaga. Sim, bate aquela preguiça de vez em quando. Mas, lembre-se: aquela tentação de “acabamos de voltar do evento onde o texto foi apresentado, vamos submeter logo” não é uma boa amiga.

Dica 5: O que seu artigo traz de novo para o nosso campo?

Em várias situações, autores e autoras ficam satisfeitos com a mera descrição dos dados coletados. A má notícia é que essa não é a “gramática” adotada na maioria das revistas de alto prestígio. É preciso ir além da apresentação dos resultados e propor uma reflexão capaz de explorar os possíveis desdobramentos práticos e teóricos daquilo que sua investigação descobriu.

Dica 6: Cuide bem da redação em inglês

Comunidades científicas não-hegemônicas enfrentam uma barreira adicional: a necessidade de dominar a língua inglesa para submeter seus trabalhos. Se você não domina o referido idioma, é necessário contratar um profissional. Verifique se seu programa de pós-graduação oferece recursos para executar esse tipo de serviço. Aliás, mesmo depois de o serviço ter sido finalizado, releia e revise o inglês novamente. Nenhuma revista de alto impacto vai publicar seu artigo de você confundir “newsroom” com “writing”.

Dica 7: Não desista fácil

Resultados negativos são a regra (sobretudo quando estamos começando). Às vezes, ter o artigo rejeitado, mas receber um mundo de críticas, já é lucro. Aproveite as recomendações dos pareceristas para avançar e submeter o material a outro periódico. Acredite: mesmo aqueles autores e autoras que tanto admiramos são, recorrentemente, recusados.

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